sexta-feira, 24 de outubro de 2014

lado humano das coisas

De vez em quando
vou às gavetas perdidas da minha cabeça
procurar memórias e palavras escritas
e músicas que me levam a escrever.

Não sei o que é esta vontade de re-sentir o passado
mas está lá.

Vejo dias, finais de tarde, noites e amanheceres.
Vejo sentimentos, histórias e momentos.
Vejo pessoas, desabafos e banalidades de uma típica adolescente perdida.
Uma alma cheia de clichés a partilhar com o mundo.

Mas, por mais que sejam as emoções boas ou más
Fizeram parte da (minha) história.
Levo-as a todas comigo, 
e com um sorriso até.

Porque me fazem procurar aquele brilho que não existe a maior parte do tempo,
dos dias, dos anos;
E porque são das poucas alturas em que genuinamente procuro apenas ver o lado bom e positivo das coisas, das situações e até mesmo das pessoas.

De quando em vez
vou às gavetas não perdidas e bem presentes na minha cabeça
procurar o que já sei
e músicas que me levam a escrever

o lado humano das coisas.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Por mais que façam para o deter

"E foi assim que descobri 

que todas as coisas continuam para sempre, 

como um rio que corre ininterruptamente para o mar,


por mais que façam para o deter."

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

sentir-não-sentir

Tenho coisas para dizer mas sem palavras para as dizer.
O meu coração tem um batimento cardíaco diferente dos outros: sentir-não-sentir. sentir-não-sentir.

terça-feira, 29 de julho de 2014

sábado, 26 de julho de 2014

Aquele arrepio.

De cometer uma loucura. Um gesto bom. Uma festa à distância. Um risco.

O calafrio das figuras estúpidas que uma pessoa faz e que pode correr muito bem.

Um nó na barriga, acompanhado por um sorriso à espera de rebentar.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Quem não tem cão, caça com gato
e se o gato não caçar,
faz-se de gato, sapato!

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Nó na garganta

Cada um de nós é um novelo de lã. 
E se calhar é por isso que temos tantos problemas, porque  por mais que saibamos que a solução passe pela simplicidade de um fio, um fio que se emaranha em si, continuamos a criar nós, de fio a pavio. 

Somos um novelo que se vai desenrolado, sem eira nem beira, sem rumo por onde passar. Um novelo que se gasta e desgasta, se torna mais forte, envolve-se, entrança-se, cria raízes. Cada um de nós é um fio de lã, que ata e desata, que dá o nó quando se casa, que prende, que aperta, que segura.

Cada um de nós é um fio de lã. 
Desatamos a correr, paralelamente, anos a fio. Cruzamo-nos. Passamos por cima, por baixo. Enrolamo-nos com outros fios. Criamos nós entre nós, rompemos, rebolamos para outros lados, outros caminhos, até voltarmos a desenrolar em paralelo com outros fios de lã e gerarmos outros nós.

Somos um novelo que quando se desenrola, com uma molinha se adicionam memórias. Memórias boas, memórias más. Fotografias. Momentos. Cartas. Pensamentos. Eventos. Pessoas. E por isso é que à medida que vamos vivendo, a vida se vai tornando pesada.

Cada um de nós é um fio de lã. 
Queimamos-nos, desfiamos-nos. Mas dos nós que damos fazemos laços que se desfiam pela vida abaixo. Novos novelos. Nov'elos de outras cores.

Somos um novelo que umas vezes está na linha e outras vezes está por um fio.

Cada um de nós é um fio de lã 
até perder o fio à meada. Até ao final da linha.

Regresso à realidade



Não está a correr como planeado. Achei que me ia saber melhor do que o que se está a passar.
Achei que voltar às rotinas, voltar ao meu espaço, às minhas palermas e ridículas e pequenas ocupações me faria bem. Não faz.

Dou por mim com demasiado tempo a a mais e a menos para estar a sós com os meus pensamentos.

Não consigo pensar. Não consigo processar. Não consigo voltar à realidade.

Não consigo voltar à realidade porque... porque não é real. Porque não voltei. Porque não voltarei. Não à mesma realidade de sempre. Não porque mudou.

Afinal não foi de um pesadelo e de uma noite mal dormida que acordei hoje.

Foram mais. Foram várias. E sei que desta vez,

não há volta a dar



se não esperar que um dia me habitue a esta realidade. 

E não, Saramago, não. A realidade não continua a mesma de sempre.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Closure

We do things because we need to. We always have the need to do something. To do something. Something good, something to change something, something to don't change something.

Life is short. Too short if you ask me, so there is no time to waste. That's why we're always doing something or looking for something to do. Even if you have no idea what are you doing or looking for.

If it's good for you, you have to do it. Because it will help you grow. But when you learn something, do also something with it. Act.

Sometimes we just have to do something to end something. It may be stupid. It may not make any sense whatsoever - but you do it. Because you have to. Because you need to.

And once you'll do it, you'll set yourself free. 

Whatever you do, do it to be and to make others feel happy.

To move on. 

It's the best closure.