sexta-feira, 30 de outubro de 2009

terça-feira, 27 de outubro de 2009

a.perfeição e a.prisionamento

Hoje percebi que o meu maior medo é ser uma desilusão para mim e para os outros. Há muita pressão à minha volta (a maior parte criada por mim mesma) o que faz com que me aperfeiçoe e que me aprisione. Palavras muito semelhantes.

Hoje, numa conferencia sobre a economia e a crise o sr. Alex Róvira falou que um sujeito que me esqueci de apontar o nome fez uma experiência com cobaias tipo ratos, imaginem.

Encheu um alguidar com água sem pedras e pôs dois ratos e encheu outro com duas pedras mas com leite, de modo a que os ratos não vissem o fundo.

No primeiro caso, os ratos lutavam para respirar acabando por desistir e deixarem-se afogar, no segundo caso os ratos sentiam o apoio da pedra de modo que quando não a sentiam iam procurá-la.

Depois, pegou nos ratos de ambas as taças e pô-los num alguidar com água sem pedras e descobriu que os que estavam habituados às pedras sobreviviam mais tempo que os outros.
Aqui percebi tudo.

Sou perfeccionista e só agora sou assim porque só agora é que me tornei melhor.
Fui educada, treinada, disciplinada a dar o meu máximo e a dar o melhor e a lutar por mim só. Também fui ensinada a pedir ajuda quando necessário mas vejo-me num dilema em que penso: "eu tenho (!) de conseguir fazer isto!" A ideia de falhar ou desiludir é insuportável.
Stresso por causa disto, stresso com pouco porque não me dou ao luxo de perder, falhar e/ou desiludir ninguém, porque me afecta tanto. (Porque me afecta tanto?)

Sou obrigada a ser perfeccionista, no que faço, e ultimamente como ando a tirar boas notas tenho "uma reputação" a manter.

O mais estranho e é o cerne da questão é que eu sei que tenho o apoio de todos.
A minha família e os meus amigos nunca me iria abandonar mesmo que falhasse nalguma coisa, ou tirasse má nota. Ninguém me iria apontar o dedo porque sempre dei o melhor que soube, sempre me esforcei e não é por não tentar que isso tal aconteceu.
Mas é mesmo esta pressão deste apoio todo que me leva ao extremismo (se necessário).
A culpa não é de ninguém senão minha! Está tudo na minha cabeça e eu sei que soa mal mas a verdade é que sinto-me tão apoiada que não me sinto apoiada.
Faço-me entender?

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Coisinha de nada...

Sempre que alguém vos disser que as coisas pequenas não são nada e não nos afectam, é mentira. O que é pequeno atinge, afecta, e nunca é pequeno. Tem sempre algo por detrás.

Por exemplo:

Uma caixinha pequenina da Tridente. É uma caixinha pequenina de cartão. Que mal poderá ter?!

A caixa é feita de cartão. Tudo bem, é reciclável. Mas e os custos e gastos que a reciclagem necessita? Ainda por cima não é apenas um rectângulo; tem cortes. Cortes esses produzidos por uma máquina que custa dinheiro e consome montões de electricidade. E os desperdícios de papel que sobram do cartão não aproveitado? Pois.

E o envólucro de plástico transparente com o raio da fitinha amarela? E o corte que dão a esse plástico, uma coisa minúscula e frágil a ser feita com cuidado para ser mais fácil para nós abrir o pacote?

As cores.
Estou a olhar para um exemplar das tridente azuis. Supostamente só usaria o cartucho preto e azul. Fantástico.... Super barato... se o logótipo não tivesse o raio do dente vermelho.
Mais um cartuxo... Magenta. E por causa da Fundação Dental Espanhola e o seu maravilhoso logo com uma ondinha alaranjada obriga a utilização do cartuxo amarelo. E só aqui já vão rios de dinheiro.
Sem falar, claro, nas máquinas de impressão - consumo de energia e electricidade.
E as matérias-primas das quais se produzem as cores? E as máquinas para as produzir?

E a cola que aplicam? Não é quase nada mas mesmo assim é necessária. E o custo do aquecimento desta cola especial? Sim porque não usam a cola UHU normal, não é?...

Quase que nem me quero lembrar sem falar dos custos burocráticos e todas as minuciosidades necessárias a colocar na embalagem, cuidados a ter, símbolos de que se pode reciclar, por no lixo, código de barras, prazo de validade, etc, etc, etc!

E as exportações, se necessárias? A gasolina dos barcos, as taxas e tudo isso?


Não.
Um pacotinho de tridente não é uma coisa pequena.
Temos é de ver o que se fez para chegar ali.
Agora interpretem à vossa vontade às questões mais banais da vossa vida. Desmontem a caixinha da Tridente como eu e olhem com olhos de ver.
Uma coisa pequena nunca é nada.

Love Will Tear Us Appart

When routine bites hard
And ambitions are low.
And resentment rides high
But emotions won't grow.
And we're changing our ways
Taking different roads.

Then love, love will tear us apart again.
Love, love will tear us apart again.

Why is the bedroom so cold
Turned away on your side?
Is my timing that flawed
Every feeling run so dry?
Yet there's still this appeal
that we've kept through our lives.

And love, love will tear us apart again.
Love, love will tear us apart again.

Do you cry out in your sleep,
All my failings expose?
Gets a taste in my mouth
As desperation takes hold.
Why is it something so good
Just can't function no more?

And Love, love will tear us apart again.
Love, love will tear us apart again.
Love, love will tear us apart again...

tenho uma sopa de vagos e longínquos pensamentos

Uma daquelas sopas de massas,
com letrinhas
bem pequeninas
e espalhadas

e bem quentes.

Daquelas que fazem bem à alma.

São sopas que muito nos fazem escrever
com a colher
mas que não nos dizem nada.

Escorrega-nos
por todo o lado abaixo

E desfazem-se
ao mínimo toque mais agreste.


Sim, são frágeis
estas sopas.
Não se vá mexer com a colher
porque mais misturados
estes amanteigados pensamentos
não poderiam estar.

domingo, 25 de outubro de 2009

Pausa

Um destes dias
vou-me levantar muito cedo
caminharei até chegar à beira-mar.

Irei em pezinhos de lã
para não acordar a cidade
que todos os dias trabalha para me acolher.

Irei feliz sabendo que sairei melhor.

Quem quiser que se junte a mim.
Farei os possíveis para repetir mais vezes,

esteja onde estiver.

sábado, 24 de outubro de 2009

Espaço

É uma questão de espaço.

Ou é demasiado grande ou demasiado pequeno.
Com demasiada luz ou pouca luz.
Com demasiado calor ou demasiado frio.
Ou está demasiadamente longe ou próximo demais. E toda a gente sabe que ninguém vê bem ao longe nem de perto.
Mas sempre se consegue transformar tudo em acolhedor. Excepto afastar quem nos invade o nosso espaço. Esse pode sofrer uma nódoa-negra ou duas.
O importante é tentar, e saber lidar com o espaço.

Mas o que fazemos quando nos sentimos sem um espaço onde estar?

Suspiro.
Por agora limito-me a admirar a janela reparada no meu quarto. Contemplo o novo espaço e luz que confere e abro uma frecha para que entre uma brisazinha para arejar este espaço vazio em que me encontro.

Malditas definições que me atrapalham e aprisionam a cabeça!...

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

take me

there
Finalmente descobri o que se passa comigo e não sei se hei-de respirar de alívio, chorar de tristeza ou irritar-me...
Afinal não se trata (apenas) de querer mimos, um chá quente, um gato no colo e um chocolate doce.

sábado, 17 de outubro de 2009

choice

you're just blind because you want it to.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

O amor é feio

O amor é feio
Tem cara de vicio
Anda pela estrada
Não tem compromisso

O amor é isso
Tem cara de bicho
Por deixar meu bem
Jogado no lixo

O amor é sujo
Tem cheiro de mijo
Ele mete medo
Vou lhe tirar disso

O amor é lindo..

O amor é lindo
Faz o impossivel
O amor é graca
Ele dá e passa

O amor é livre
O amor é livre
O amor é livre
O amor é livre

como um

caramelo

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

bolas

A imaturidade atrai.

domingo, 11 de outubro de 2009

Isto não é uma mera flor

"Porque é tudo o que esperava que fosse."

oh, honey

don't you worry
I keep on changing
I keep on doing good
I keep on moving worlds
I keep on beeing FAB!

so don't you worry, baby,
life is as good as it gets!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

melancolia

Acordei com a necessidade de te ver.
E por isso estou aqui.

Saudade.
Anos luz
e
velocidade.
En
ergia fren
ética
de
nostalgia.
Demasiado rápida para acompanhar.

É freguesa.
É verdadeira.
É portuguesa.
Tradicional por todo o mundo.

nosso.
Nosso meu.
Por hoje.
E apenas hoje.
(hoje
só.)
Ou um bocado de cada vez.

Nao se sabe
por cada;
por quanto,
quanto
tempo.
Perde-se.

Para os outros.
Com os outros.
Levam-na.
Que a levem
entao.

Que a leves.
Que a leves do meu coraçao.

domingo, 4 de outubro de 2009

I need a new wind.

sábado, 3 de outubro de 2009

quase sempre

um cliché é um cliché porque depende da importância que lhe dão.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

quantas vezes nos lembramos sequer que temos alguém?
eu respondo
nao vezes suficientes.
Hoje lembrei-me de que sou sortuda.