sábado, 28 de julho de 2007

Un petit peu simple...



Ali estava eu: toda coberta de uma camada (ou várias) de sujidade. Sentia-me como que um ser humano instantâneo: à base de água e pó.
E enquanto procurava rede que nem uma dependente das tecnologias; apareceu.
Era pequenina mas dava bem para ver umas corezinhas.

Uma borboleta.

Não era mágica, nem tinha pós de prelimpimpim a construírem o seu vôo, nem era de cores vivas, alegres ou berrantes. Era uma simples borboleta em tons-terra.
Pairou un petit peu à minha frente até que finalmente assentou no meu pé.
Eu que há muito que queria ser escolhida por uma borboleta grande e azul e completamente irreal que poisasse na ponta do meu nariz. (E ter uma foto disso)

Não era uma grande borboleta azul nem poisou na pontinha do meu nariz de modo a que a pudesse ver com olhos bem abertos mas fui escolhida à mesma por uma muito melhor: simples.
Era simples e pequenina e não foi escolher o sítio mais bonito para se estar. Era um pé maquilhado de terra e pós e mais umas misturas naturais num chinelo flip-flop velho, gasto já com missangas perdidas pelo mundo fora.

E o nosso encontro foi espectacular. Nada como um bocado de companhia para nos sentirmos melhor. Foi uma reunião muda e simples. Não teve grande intensidade mas foi especial.

Depois do miminho dado investigou muito brevemente a pedra onde estava sentada, deu um beijinho à minha perna e disse-me adeus sobrevoando a minha cabeça, dirigindo-se para a minha esquerda, perdendo-se na vegetação.