sábado, 24 de março de 2012

Há muito que não escrevo. Há muito que não falo.
Não sei se é de ter a minha boca cozida ou se passo mais tempo a absorver tudo o que tenho de aprender, cometendo a loucura de me calar e deixar que a cabeça imploda.
Não sei se é de sentir barulho. Um barulho ensurdecedor. Tanto, tanto barulho na minha mente das questões que não param e não me consolam e me deixam inquieta e cansada. Não. Cansada não, exausta.

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Num dia sente-se tanta coisa. Há a manhã, a tarde e a noite. Há horas. Há trabalho e lazer. E sempre tempo ocupado. Ocupado a trabalhar, a aproveitar. Ocupado a comer, a dormir, a andar de um lado para o outro. Até no nosso tempo livre estamos ocupados.
Hoje foi o dia em que tirei um pedaço do meu tempo para me ocupar com a escrita. E em vez de ter questões a inchar no meu cérebro, passo-as para aqui. Pode ser que por tinta em papel ou por teclas em pixeis as vá escoando.