terça-feira, 31 de março de 2009

fugir


" Bora apanhar um comboio e fugir daqui?"
"Bora."


Quem me dera poder fazer isto. Simplesmente pegar nalgumas coisas, ir para a estação e apanhar o próximo comboio para fora daqui e ir para onde o destino me levar. Não que acredite nele mas deixar-me ir no acaso.
Conhecer pessoas diferentes e nunca mais as ver (talvez), trabalhar aqui e ali. Fotografar o que vejo, onde vou estando. O meu olhar, o meu crescimento, a minha aventura....
E desenhar o que me apetecer. Escrever e escrever e passear e correr e desenhar e não parar. Dormir nas viagens. Acordar a meio da noite e sentir o vento na cara.
Apanhar ventos gelados e calores insuportáveis. Tudo. Qualquer coisa. Mas ia.
Não pensar em trabalhos e entregas e problemas e chatices e vidas vazias? Maravilha! Que sonho! Que luxo!
Ai... se eu pudesse...

segunda-feira, 30 de março de 2009

quero inesperadamente

que me tapem os olhos
e me façam sorrir
"I don't wanna crash & burn
I don't wanna go to fast
I want be with you.
I wanna see this through."

domingo, 29 de março de 2009

(que) NOJO.

6:34

Lentamente esperava que o tempo passasse. Que a disposição passasse. Que o sono chegasse.

Às 6:34 ouvi o primeiro chilrear.

Achei bonito.

Lembrei-me que outrora adorava ficar acordada até ao amanhecer, por a chave na porta com a companhia dos passarinhos em meu redor.
E depois lembrei-me.
Quando um chilreia, o outro vai atrás. Quando dois chilreiam, os outras chilreiam também
e nenhum se cala.

Às 6:34:30 desliguei o portátil para imediatamente adormecer!!

temporary


Uma fotografia cheia de cor não diz nada sobre o cinzento que (e)s(t)ou.
Não me façam mentir.

Medo.

quarta-feira, 25 de março de 2009

ser mente aberta para ser jovem - versão futil

Tenho de ser mente aberta para ser imparcial.
Tenho de ser imparcial para ser passiva.
Tenho de ser passiva para ser inexpressiva.
Tenho de ser inexpressiva para não franzir o olhar.
Tenho de não franzir o olhar para não enrugar.
Tenho de não enrugar para continuar jovem.

terça-feira, 24 de março de 2009

despedida

então... e aquele aperto de coração numa despedida?
Não é um sufoco? Um nó na garganta? Um soluço empatado? Uma lágrima colada?

domingo, 22 de março de 2009

atrevo-me a mudar?

No meu pourli sento-me e reflicto no que foi dito.
Estas palavras destes últimos dias ficam gravadas em pedra na minha cabeça.
A piazaca pressiona-me. Não consigo pensar direito.
Fé e esperança toldam-me o pensamento.
Deus é, para mim, uma realidade (?!) que me dá socos na barriga e me põe a andar à roda.
Dou um golo num chunçulho de água.
Espero que me refresque as ideias e me lave os raciocínios mirabolantes.

terça-feira, 17 de março de 2009

eu sei que não sabes
e se calhar nem tens noção
da falta
da falha
que foste.

que espaço.
mas oh! quanta distância
e profundidade.

desse buraco ninguém te tira.
estás marcado
para mim.
por mim.

esforça-te.
esmera-te.
por ti não faço mais nada.

sou um mulherão.

aquele abraço
o teu a.braço
segurava mais que o meu corpo.

é simples.
é tão simples, simples demais.
talvez.

anos a fio.
presos por um fio.

sou

sou egoísta.
gosto de levar os outros a partilhar a minha felicidade
mas nada se compara ao meu egoísmo.
ao meu egocentrismo.

olhas-me incompreensível à vida que eu levo.
é especial.
é bonita.
queres ver e caminhar comigo a vida?
percorrer as minhas pegadas que faço com tanta alegria?
Vem.
Vem comigo.
Mas não te deixes enganar por mim.
Sou bem mais impossível de aturar do que o que pensas.

terça-feira, 10 de março de 2009

Quando for Grande...

Quero ser capaz de ter um casaco branco de inverno.

Quero viver na Cidade dos Sonhos.

Quero ser saudável. Quero ser fantástica.

Quero não estar só.
Quero mesmo levar um amigo comigo.
E ser amiga também.
E ficar lá para sempre.

domingo, 8 de março de 2009

Apetece-me beijar
e Ser adorada.
e Sorrir
ternurentamente.
por alguém.
alguém (só) meu.
Alguém que não eu.
(de preferência)

sexta-feira, 6 de março de 2009

Hoje senti-me eu outra vez.

terça-feira, 3 de março de 2009

Não me vês como pessoa.
Tu vês-me como artista. que és.
Cheguei a casa.
A Lua (já) estava deitada

domingo, 1 de março de 2009

música III

Silêncio.
Apenas a música a tocar.

música II

Um sorriso feito prestes a começar.
Um dia em tons de laranja e vermelho.
Tens tempo. Tens todo o tempo do mundo.
Tens medo. Não tenhas medo.

Uma mudança de direcção do vento.
Tudo se foi.
Já não dá para voltar atrás.

Nenhuma mão dedilhará esta história outra vez...

Música triste kiko

Um vestido.
Uma saia branca que esvoaça ligeiramente no flutuar da noite.
Uma bandoulette vermelha com um lacinho minúsculo em cabelos pretos e pesados.
Se eram lisos ou ondulados
não importa.

Mas sorriem.
Sorriam.
Os cabelos, a saia e o laço.
Ninguém os ouvia.

Não havia ninguém para os ouvir.

Num auditório feito de pedra. Isolados. Escurecidos.