segunda-feira, 12 de março de 2007

Ambição

É tão fácil cairmos na tentação. Cairmos sempre no mesmo erro, a incapacidade de controlo em nós mesmos, a constante insuficiência de tudo, a necessidade de querermos sempre mais. A urgência de saciar a nossa gula.

Seja a insatisfação do homem... o professor: ora se queixa pelo burburinho ou pela apatia nas aulas, ou o aluno: ou se queixa que o professor falta de mais ou falta de menos.
Seja a insatisfação da mulher que nunca é magra demais, ou o homem que se não diz nada ofende a mulher, se diz qualquer coisa sai sempre errado.
Seja a insatisfação do amor: quando o temos e conseguimos, a tentação leva-nos outra vez.
Seja a insatisfação da amizade: quando não temos amigos lamentamos, quando os temos não lhes damos valor.


Somos constantemente perseguidos pelo nosso consciente e mesmo quando sabemos a teórica toda, a prática acaba quase sempre por nos surpreender.
A culpa de tudo isto? A sociedade, o pensar (como Fernando Pessoa já dizia...), os média... Somos sempre perseguidos por qualquer coisa e/ou por alguém. (Mesmo quando pensamos que já não existe. a verdade é que simplesmente o que nos persegue está sempre adormecido no fundo da nossa cabeça. E quando assim é, é porque a queremos assim. Ignoramo-la.)

Mas o facto é que resulta. Caímos sempre redondos no chão, enganados?, iludidos?, desiludidos? esperançados? Quão enganados é que realmente estaremos a ser? O que é que acontece à nossa auto-estima, à nossa força de vontade?

Estamos e somos assim tão perdidos?
Que confusão esta, de ser humano!

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