sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

entre urros e gritos de uma multidão louca e desvairada

lá fora
javalis e babuínos
pelo eriçado
sangue na boca
urros e gritarias do demónio
mal se ouve o bater da porta
qualquer dia mandam-na a abaixo
trepam pelas grades
e enchem de eco a escadaria vazia.

cá dentro
ritmo lento.
gente decente.
bonecas brancas
maquilhagem de porcelana.
olhos abertos.
sossego. silêncio
demasiado tempo à espera.
o tac do relógio,
marcam horas (d)e vidas a passar
marca o compasso.

Sem comentários:

Enviar um comentário

passa a palavra