segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

chão escuro

a caminho de casa sentia o ritmo.
o coração. os passos. a noite. as rodas da mala suspensas a meio-caminho.
uma noite de estrelas cintilantes. todas as noites são noites de estrelas cintilantes.
o chão brilhava. a meia-luz dos candeeiros distribuidos deixava a ver.
não. não era o reflexo do luar nem moedas à espera de serem apanhadas.
são cacos de vidro estilhaçados. despedaçados. entranhados nas fissuras do chão calcetado e massacrado.
já é tarde. a pedra já não refila o seu cansaço.
é hora de fechar os olhos e dormir mais uma noite.

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passa a palavra