domingo, 2 de novembro de 2008

19.10.2008

Chove. Aliás; não chove. Partículas de água pairam no ar à espera que o vento as empurre por aí a diante. Molhando. Humedecendo. Desconfortando.
Seria melhor chover torrencialmente. Bátegas de água a empurrar-nos contra o solo ao mesmo tempo que a gravidade nos suga o sorriso e a boa disposição.

Paira aquele tempo cinzento e alheado. Aquele em que as pessoas passam umas pelas outras de expressão apagada, lábios cerrados e olhos sérios. Cinzentos como a chuva. Olhos de quem passa por muito e sorrisos longínquos e inexistentes.
Deslizam como fantasmas sem se mexer. Imóveis na rua.

Ninguém sabe de nada.

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