Não era nada de mais, nem cheirava a nada. Cheirava a vento. Mas hoje soube-me diferentemente. Hoje soube-me à liberdade e a apatia de quando era nova e tinha tempo para não fazer nada. Tempo para parar, pasmar e ver o tempo passar sem me preocupar com isso ou com as minhas actividades. Agora já não penso no vento. Penso no que tenho para fazer. Hoje cheirei o vento e soube-me à melancolia lenta mas cheia de prazer de ser criança, mesmo num dia cinzento.
Soube-me bem. Soube-me ao nada.
Soube-me bem. Soube-me ao nada.
Hoje cheirei o vento e não cheirei nada.
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