Procuro.
Revejo. Releio. Encontro.
Penso.
Ou o faço a menos ou o faço a mais. O meio termo está perdido no meio das coisas novas. Porque me dou ao trabalho? Porquê pensar se penso demais, se penso de menos? Tanta questão. Tanta questão. Tanta confusão. Tanto pensamento. E para chegar aonde? E para fazer o quê?
Porque alivia e acentua, e pesa e perdura, e questiona e regride e faz-me voltar atrás e pensar outra vez.
Outra vez, outra vez, OUTRA VEZ PARA QUÊ?
Pensar. Pensar. Pensar.
Avanço e avanço e apanho balanço para no final perceber que estou apenas num baloiço: cada impulso é uma maneira de chegar mais alto, de chegar atrás.
Bato com o pé no chão.
Pensar. Prensar. O cérebro comprime. O discurso sai jornal. As palavras são imprimidas.
Impressas. Imprimidas. Impressas.
Impressas, claro.
Corrijo.
Outra vez. Como sempre outra vez.
E pronto, assim fica.
Um pensamento, um
e pensar com sentido nenhum!
Só pensar sem sentido nenhum tem sentido. Se pensarmos com um objectivo, sempre haverá um novo propósito para o pensamento, sempre se desviará ele da rota que lhe deramos e chegaremos apenas a uma conclusão: o pensamento não tem meta, o mais que fazemos é iludir-nos de que terá um fim. Não. O discorrer dos pensamentos é contínuo e mesmo quando não nos apercebemos da sua presença, lá está ele afinal de contas - ele, nós, porque no fim também a mente nos pertence.
ResponderEliminarGosto do texto pela fluência. Escreves exactamente como pensas. As pausas são os pontos finais, as exclamações os pensamentos mais fortes e os parágrafos são simples saltos que também fazes mentalmente. Sabe bem ler o que escreves para alguém como eu, jovem, que também tem a cabecinha toda às voltas, num tornado cheio de ideias, ideais e desideias.
Força aí, continua a escrever ;)
:) Mais uma vez, obrigada ;)*
ResponderEliminar