segunda-feira, 31 de maio de 2010

visão turva
não sei se de
sonhos vistos demasiadamente bem
ou do estado
não visível
em que estou.

há muita coisa dita
e não vista por muitos.

são enigmas
e respostas
no mesmo enunciado
com pouca claridade
se bem que
de luz não é
porque dessa há muita.

vivam os dias de sol.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

quase tudo

pauso.
tanta
tanta coisa para escrever.

uma barra vertical que pisca insistentemente para que escreva algo numa página em branco.
assim sendo

folha
olha.
marcador azul.
estás a ver?
mancha.
está a acontecer.
um pedaço de cinzento.
está?
uma nuvem.
sim.
é real.

uma janela num anoitecer à luz das velas.
pronto.

tudo dito

carregado

o ar que entra nos pulmões e que corta à faca
o olhar insistente para uma parede branca
a semana longa e demorada
o fio de raciocínio que não deixa descansar.

nem por um segundo me deixo dormir assim...

sou feliz

e os quatro ventos ja se esqueceram
para bem longe devem-na ter levado
mas quem não sabe é quem se engana:
a mensagem mantém-se a mesma
e de regresso vem mais forte
porque quem a traz é o vento do norte.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

disposição gravítica

depois de um dia inteiro a combate-lo
torna-se pesado.
apetece tirar tudo.
ficar leve. mais leve. sem nada.

respirar.
abrir os olhos.
o cabelo já está solto.
um brinco segurado por uma mão.

a vida é um milagre mas.
as pessoas não fazem milagres.

cansaço é uma capa susceptível da susceptibilidade sensível.
sim, é uma desculpa.
é cansaço.

é preciso agora te-los fechados.

terça-feira, 25 de maio de 2010

que sejam

hoje
cambalhotas
que terminam num mergulho
para a terra



e la fiquem.

e de verde se passa a castanho...

azul em guardanapo

sim. orgulha-te porque não lideras a vista.

uma mensagem quase eterna
mas para sempre.

aceno de mão cheia de um dedo só

hoje,
finalmente,
decidi abrir o meu grande livro preto.
No meu recanto e sossegada. a ouvir musica. tal como gosto de estar. e ser eu.
Li.

Hoje este é para ti.
Sim.
Descalça. E de saia a ondular no vento. Um pôr-do-sol magnífico. Daqueles mesmo laranjas. E grandes. E fortes. E nossos. Só nossos.
Em pé. Sentada. Deitada. Encostada.
A ti.
Contigo.
Em sorrisos ou gargalhadas.
Na relva. Num prado. Numa seara. No meio de papoilas. Ou girassóis. Ou pinceladas vermelhas.
Em desertos de lua não cheia.

Memórias e momentos e vidas vividas
(para)
sempre.
em tons laranja.

Para futuros suspiros
e desesperos ou desabafos
e respirações fundas.
Para as bem-vindas alegrias,
foras com as tristezas
e
mãos dadas em eventuais quedas.
esperemos que não

Contigo.
Acenos e palermices
em tons laranja a marinar...

não

não ando calada.
feliz. talvez.


será?

sábado, 22 de maio de 2010

voz que teima em nao vir
em meninas que não são de vidro
mas de lã.

demasiado calor para agora
talvez fosse melhor de algodão-doce.

sim, é verdade,
obrigada.
eu cresci.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

life is

a

m
i
r
a
c
l
e
.

domingo, 16 de maio de 2010

pausa

vida.

é uma palavra muito forte.
é para ser escrita.

viva.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

no pulso

carregado de memórias,
um peso vermelho-escuro caiu.

fez-se notar mas não o vi.
viu-me a afastar como se não me importasse.
é mentira.

agora uma futura ida
trará outro cofre
como o que perdi.

que seja ainda melhor.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

terça-feira, 4 de maio de 2010

sem excepção

olhares.
são despedidas
e boas-vindas
e prazeres
em ver-te.

não há mãos que cheguem
para encher um abraço
que promete no futuro.

não há palavras
nunca
para descrever
o quão
e
o que
é bom.

pausas. e suspiros. e sorrisos. e choros.

...

nem sabemos o que vamos fazer.

a vida vai ter de ser vivida
sem coisas a esquecer.

simplesmente um agradecimento
a todos
os que me ajudaram a crescer
e a todos que o continuarão a fazer.

para sempre pequenina
e a ficar maior

domingo, 2 de maio de 2010

dança

ao sabor do vento

dont ask why

"A simplicidade de Deus não está na Igreja."